segunda-feira, 29 de novembro de 2010

Não era um jantar de 'adeus'! Era um 'até logo'!

Ontem à noite, em La Enseña de Las Tres Ranas, apresentei o último menu brasileiro do ano: moqueca de frango, risoto verde-amarelo e fritada de camarões e queijo empanados e minis acarajés! Muitoooooooooo boooooommmmmmm!!!!!!!!!!!!!!!! (Perdoem, mas esqueci a modéstia, hahaha)

Não sentia que todo o ritual dos meus domingos, de acordar, tomar o café da manhã, caminhar um pouquinho pelas feiras se tem sol ou ler um capítulo de um livro (sobre gastronomia, é claro!) se cai água e então ir para a frente de batalha e enfrentar o fogão, as panelas e os ingredientes estava passando pela última vez esse ano. Era como se essa rotina fosse o natural do meu domingo e que no próximo e no seguinte também estaria em guarda na cozinha. Mas não é assim. Ontem foi minha última ceia... do ano!!!!

2011 já começou, em planos. Voltarão os domingos brasileiros em Las Tres Ranas com mais força, com mais Brasil. Além do menu e da sobremesa brasileiros, as noites dos domingos serão embaladas por música brasileira! MPB, samba, chorinho, bossa nova... é fechar os olhos, abrir a boca e aguçar os ouvidos... como pó de pirlimpimpim, em segundos te sentirás sob o céu do Brasil!

Beijo grande amigos, e até lá!

Ah, a receita? Mais tarde lhes passo!

sábado, 27 de novembro de 2010

Última ceia... do ano!!!!
2011 tem muito mais!!!!!!!!!!
http://www.youtube.com/watch?v=UxMIOfEAZ6A&feature=related

Frango Marajoara em creme de camarões!

por Cozinhando Em Português, terça, 19 de outubro de 2010 às 14:55
 

Ingredientes:
(6 porções)

6 coxas ou sobrecoxas (pata o muslo);
6 filés de peito (sassami);
6 coxinhas da asa (pata de ala);
200g de camarões;
300ml de leite de coco grosso;
4 colheres (sopa) de azeite de dendê;
1 lata de tomates pelados;
50ml de vinagre de maçã;
200ml de vinho tinto;
4 dentes de alho;
6 colheres (sopa) de salsinha picada (perejil);
sal, pimenta do reino moída, coentro, cominho e cravo em pó a gosto;
óleo de milho o quanto baste.

Modo de preparo:

De véspera, retire as peles do frango e coloque as partes de molho no vinho, vinagre, os condimentos e dois dentes de alho socados. No dia seguinte esquente uma panela grande, coloque o azeite de dendê e um pouco de óleo e frite os pedaços de frango escorridos da vinha-d'alho (reserve-a). Quando dourados, agregue a vinha-d'alho, os tomates socados, os outros dentes de alho socados e deixe ferver, mexendo às vezes. Assim que estiver cozido o frango, retire-os da panela e misture ao caldo o leite de coco e os camarões, aguarde que estes estejam cozidos, mais ou menos 10 min. e bata o molho com um mixer de mão, sem desmanchar todos os camarões. Devolver o frango à panela e deixar ferver tudo por mais 10 min. Cortar o fogo e acrescentar a salsinha. É uma coisa de louco!!!
= b~~

Aqui foi servido com pure de zapallo e banana frita!

História da comida: DA NECESSIDADE À ARTE

por Cozinhando Em Português, terça, 28 de setembro de 2010 às 12:05
 


Todo recém nascido chora. De medo, de susto, de dor e... de FOME! Vir ao mundo é complicado (o mundo é complicado...) e exige muita energia, gastamos muitas calorias e por isso precisamos repor esses gastos nos alimentando.
Os antigos, lá do tempo de gregos e romanos, entendiam o ser humano e sua existência ativa como uma combinação de sexo e estômago. Mas não uma combinação equilibrada, creditando domínio ao estômoga sobre o sexo. Relacionavam a mulher ao sexo, tardio, caprichoso, substituível e o homem ao estômago, fundamental, primordial, dominador (hahahaha... deixa prá lá). Bom, o fato é que comer todos precisamos, desde o ventre.
De início a fome era sinal de necessidade, de um sintoma de carência que poderia debilitar e levar à fraqueza física, o que seguramente levaria à morte. Colher os frutos das árvores, mascar raízes, arrancar folhas, o homem começou como um copiador do seu redor, um bicho mesmo, guiado pelo estômago (lembra dos antigos, hehehe - deixa prá lá...). Mas a partir de uma complexa rede de eventos e processos lentos de evolução, o ser humano transformou a necessidade em arte! Do simples erguer de um braço e colher um fruto, grupos de pessoas se reunem para juntas prepararem uma refeição. Hoje e já há bastante tempo, comer é ato de sociabilidade, momento de conhecer novos vizinhos, um futuro romance ou reencotrar um velho amigo. É um ritual que envolve distintas etapas, seja do cozimento ou da conversa, da seleção dos temperos à de convidados, dos aromas e perfumes, cores e texturas e toques, tudo faz parte da arte de cozinhar e conviver. Como cena de filme ou de sonho: uma grande cozinha, panelas no fogo, taças de vinho erguidas em brinde, o ar carregado de sons e aromas, uma imensa alegria, e a fome de ser feliz...
Elaborar uma refeição completa requer tempo e dedicação, pois hoje, comer está mais para um ato de amor que para a simples satisfação física (ainda que saibamos tratar-se dos dois, em comum acordo...)! 

Caponata

por Cozinhando Em Português, quinta, 4 de novembro de 2010 às 13:26
 Ingredientes:
(4 porções)

1 berinjela média em cubos;
1 cenoura média em meias rodelas;
1 cebola grande;
6 cogumelos paris;
meio pimentão verde;
1 tomate grande e duro (gaúcho);
100g de linguiça calabresa;
1 colher (sopa) de passas de uva escuras;
2 colheres (sopa) de salsinha grosseiramente picada;
sal, pimenta do reino moída na hora, vinho branco e azeite de oliva.

Modo de preparo:
Colocar a berinjela sobre papel toalha e pulverizar com um pouco de sal, reservar. Cortar a cebola ao meio e novamente partir as metades, cortar en gomos médios. Fazer o mesmo com o tomate, retirando as sementes. Limpar os cogumelos com um pano úmido e cortá-los desformes. Fazer quadrados do pimentão, cortar a linguiça como a cenoura, em meias rodelas e reservar tudo separadamente. Aqueça uma frigideira funda, derrame um pouco de azeite e salteie a cebola sem deixá-la amolecer. Reserve, pigue um pouco mais de azeite e repita o processo com cada ingrediente separadamente, com a cenoura, depois com o pimentão, os cogumelos, seguido pelos tomates, pela berinjela escorrida e passada por papel absorvente e por último a calabresa, fritando-a bem. Retire a linguiça, limpe com papel absorvente a frigideira e retorne ao fogo, levando todos os ingredientes de volta à panela, juntando também as passas. Respingue duas colheres de vinho branco seco, agregue a pimenta do reino e salgue a gosto. Corte o fogo e acrescente a salsinha. Saborei con torradas, pão de queijo ou bolachas salgadas. Pode ser servido quente ou frio.

Lindo e saboroso!

Batatas platenses

por Cozinhando Em Português, sexta, 5 de novembro de 2010 às 12:03
 Ingredientes:
(2 porções)

250g de batatas (papas blancas);
1 xícara (chá) de batata em flocos (pure instantâneo);
100g de presunto cru em fatias bem finas;
1 ramo de cebolla de verdeo;
1 ovo;
quejo ralado, azeite, sal, manteiga e pimenta do reino moída na hora a gosto.

Modo de preparo:
Descascar as batatas e cortá-las em rodelas finas, levar ao fogo em uma panela com água e esperar que ferva por dois minutos, deixar esfriar um pouco. Bater o ovo em um prato fundo, em outro prato colocar os flocos de batata com um pouquinho de sal e pimenta do reino. Passar as rodelas nos flocos, no ovo e de novo nos flocos, apertando para que absorvam bem a umidade e se peguem à batata. Untar com bastante azeite uma fôrma média, colocar as batatas empanadas aí e levar ao forno pré aquecido por 15 min. ou até que dourem, retirar do forno e virar as batatas para assar dos outro lado. Cortar a cebolla en finos aros, saltear rapidamente em manteiga e reservar. Assim que as batatas estiverem douradas dos dois lados, intercale uma rodela de batata e uma fatia de presunto cru enroladinho outra batata e outra fatia de presunto. Espalhe por cima as cebollas salteadas, o queijo ralado e mais pimenta moída. Leve ao forno aquecido por cinco minutos. Exquisito!!!!


Com uma cervejinha bem gelada, show!!!!

Queijadinha argentina (pudim de queijo e coco)

por Cozinhando Em Português, quarta, 17 de novembro de 2010 às 08:24
 Ingredientes:
(10 porções)

1 lata de leite condensado;
1 e meia lata* de leite;
meia lata* de queijo cremoso (requeijão);
1 lata* de coco ralado;
1 lata* de ricota esfarelada e apertada;
3 ovos;
4 colheres (sopa) de queijo ralado grosso;
1 xícara (chá) de açúcar;
meia xícara (chá) de água.
*use a lata do leite condensado como medida

Modo de preparo:
Bata os 6 primeiros ingrendientes no liquidificador por cinco min utos, em máxima potência. Misture a água e o açúcar numa panela e leve ao fogo, deixando ferver até que vire caramelo. Despeje o caramelo em duas formas pequenas, uma redonda e outra retangular (como para pão), untando bem as laterais. Bata o conteúdo do liquidificador por mais dois ou três minutos e verta o líquido nas formas, deixando uns dois centímetros de borda. Leve ao forno pré aquecido, em banho maria, e asse por uns 45 min ou até que comece a dourar, polvilhe o queijo ralado sobre os pudins e volte ao forno por mais cinco min. Deslique e deixe esfriar um pouco antes de retirá-los. Depois de frios, aqueça rapidamente as formas e vire-as em pratos apropriados. Sirva com doce de leite misturado com requeijão e um pouco de leite de coco... Podem imaginar?

sexta-feira, 20 de agosto de 2010

História da comida: Com sal!

.por Cozinhando Em Português, quinta, 19 de agosto de 2010 às 21:00.

Quando nos referimos a algo que não tem graça, que seja desinteressante, costumamos dizer que é "sem sal!". Fazemos isso porque entendemos que o sal é responsável por destacar o sabor dos alimentos. É verdade, devido a uma série de reações químicas o sal produz um efeito que facilita o reconhecimento de determinados sabores por nossas papilas gustativas. (Tá muito técnico isso...) Mas não é só isso, nosso corpo necessita do sal para que possa emitir corretamente os impulsos elétricos que movem nosso corpo. (Continua técnico!!!) Porém, quem descobriu isso? Infelizmento a descoberta não foi registrada em nenhuma associação científica conhecida. Nos resta especular.(Ufa! Finalmente algo mais lúdico...)

O bicho homem é curioso por natureza, tudo quer saber, tudo quer tocar! Quem nuna escutou de sua mãe: "olhar é com os olhos!" Só que é tão melhor tocar...!!! Bom, é possível que daí, dessa curiosidade inesgotável que temos, que as alquimias gastronômicas foram sendo descobertas. Assar farinha com água e fazer o primeiro pão, talhar o leite e criar o primeiro queijo, fermentar um tubérculo e embebedar-se pela primeira vez. Assim deve ter passado com o uso do sal. Como, porque, onde, quem???? Perguntas sem tempero, que só fazem salgar nossa curiosidade! Então, imaginemos assim: após o desenvolvimento da agricultura e da criação de animais, o homem primitivo (aquele lá do Neolítico...), que já dominava o fogo, passa a ter mais tempo para observar o seu meio, com mais curiosidade que medo. Passa a perceber que os animais recorrem constantemente a determinadas fontes de água, nem sempre as mais limpas. Um dia, cheio de desejo pelo conhecimento, dirige-se à dita fonte de água, prova-a e tem uma reação espantosa! Que é isso? Pensa ele em seu pensar gutural. Mas como não nos contentamos com uma "provinha" volta a beber daquele líquido raro. Não entendia ele, mas bebia água salgada, vinda do mar ou de alguma salina futuramente explorada por assírios, romanos ou portugueses. Os animais tabém necessitam de sal, mas o buscam naturalmente, em águas salgadas ou em plantas ricas em sódio.

Foi o que bastou, começamos cozinhando tudo em água salgada, mas com o tempo descobrimos maneiras de secar a água e fazer proveito do pó que formava, assim como das pedras de sal aglomeradas em regiões distintas no mundo.

O sal foi fundamental para conservar os alimentos, como o charque e o bacalhau. Também serviu como moeda e até foi o responsável pela origem do SALário (salarium). Movimentou mercados, criou rotas de comércio, provocou guerras e foi motivo de monopólios. E, às vezes, até a conta é salgada!

Com moderação, o sal é o principal tempero em uma cozinha.

quinta-feira, 19 de agosto de 2010

História da comida: Cozido ou cru?

.por Cozinhando Em Português, quinta, 19 de agosto de 2010 às 10:39.

Quando pensamos em comer alguma coisa, principalmente em se tratando do almoço ou da janta, direcionamos nossas espectativas para algo quente ou pelo menos feito no fogo. Nos custa muito imaginarmos que o estranho é exatamente isso: cozinhar os alimentos. Somos a única espécia viva que aplica conhecimento, tecnologia e método ao preparo de seus alimentos.



Mesa posta, todos em seus lugares e o que está sendo servido? Um suculento pernil de gado, com ricas batatas e uma sorte de verduras e legumes... tudo cru, em temperatura ambiente! Não é um absurdo, comiamos assim antes de dominarmos o fogo. Era um gasto de energia surpreendente, não só o de caçar mas também para mascar e digerir a carne crua. Comíamos mais, mais demorado e certamente sem regozijos ao paladar. Realmente dominar o fogo foi uma revolução para a humanidade! Comida mais macia, de fácil digestão e rica em nutrientes, era o que faltava para o sucesso desse animal tão frágial que é o animal homem.



Do fogo à plantação, do trigo ao pão, do assado à culinária, nós seres humanos sempre buscamos superar o já estabelecido como tradicional. Hoje cozinhar é uma arte (frase que até já virou clichê!) e é verdade. Já ouvi muita gente dizendo que acha um absurdo perder duas ou três horas para preparar um prato de comida, bom... eu me sinto ganhando duas, três, quatro horas para "esculpir" uma obra de arte empratada!



Cozido em água, assado em forno, tostado, frito ou flambado... ralado, lavado, fatiado ou rasgado... hoje comer não é simplesmente matar a fome, é disfrutar de sensações raras, que exprimam prazer, como morder o mar ao comer uma ostra ou sentir-se meio selvagem ao comer o fruto colhido da árvore. Comer é sentir-se vivo!



Estou com água na boca!